01/02/2005

Ferrovia Tereza Cristina completa oito anos crescendo com o sul catarinense

Sob administração privada desde 1º de fevereiro de 1997, a Ferrovia Tereza Cristina completa oito anos de sucesso, como um importante fator de desenvolvimento econômico e social da região. Seus 164 quilômetros cortam 12 municípios catarinenses, entre Imbituba e Siderópolis. A empresa gera aproximadamente 140 empregos diretos e outros 80 indiretos e, desde a desestatização vem promovendo investimentos na ordem de R$ 6 milhões ao ano na manutenção de sua estrutura operacional, recuperação e manutenção de vagões, locomotivas e via permanente, novas tecnologias, qualidade, capacitação de seu quadro de colaboradores e em programas de Responsabilidade Social, voltados para o bem-estar e qualidade de vida das comunidades por onde passa a linha férrea. Em apenas oito anos, a Ferrovia Tereza Cristina se posicionou entre uma das melhores e mais seguras do País, já tendo recebido dois prêmios nacionais por sua atuação, conseguindo também diminuir em quase 95% o número de acidentes em relação ao último período administrado pelo Governo Federal. Buscando novas alternativas de crescimento, a Ferrovia Tereza Cristina vem investindo também na obtenção de outras opções de cargas. Com uma malha isolada do sistema nacional, seu principal produto transportado atualmente é o carvão mineral com destino a Tractebel Energia, comercializado através de cotas periódicas pré-estabelecidas por contrato e definidas com a participação das dez empresas mineradoras de Santa Catarina e dos órgãos ligados ao Ministério das Minas e Energia. Em 2004, a ferrovia iniciou um processo de diversificação da carga transportada. Pela primeira vez na sua história, passou a fazer, de forma bem-sucedida, o transporte piloto de produtos cerâmicos com destino à exportação através do porto de Imbituba. “Tal diversificação está em concordância com a visão estratégica da empresa”, declara o diretor-presidente, Benony Schmitz Filho, que está convencido de que o crescimento do Brasil depende dos investimentos em ferrovias. Com as concessões iniciadas em 1996, há de se admitir que uma parte do problema ferroviário vem sendo resolvido. Resultados expressivos — “As concessionárias aplicaram um grande esforço em retomar o espaço do mercado perdido pelas ferrovias estatais nos anos 90, e, em geral, apresentaram resultados expressivos de produção”, comenta o executivo. Esse sucesso, segundo ele, foi obtido – e deve continuar – graças aos investimentos na recuperação da via permanente, locomotivas e vagões; sistemas de comunicação; à implantação de melhorias tecnológicas e à promoção do desenvolvimento e capacitação profissional. Apesar de tudo que tem sido feito, Schmitz acredita que ainda resta ao Governo Federal assumir sua parte. “Construir o caminho é o papel do Estado. Transportar nossas riquezas, com qualidade e eficiência, com uma boa relação custo-benefício, trazendo equilíbrio à balança de pagamentos brasileira, é função das concessionárias”, analisa. Para atender à demanda das empresas produtoras de cerâmica da região, a Ferrovia Tereza Cristina fez investimentos para viabilizar o transporte de novas cargas com destino à exportação pelo porto de Imbituba. Só depois da fase experimental é que a empresa terá condições de avaliar a demanda, os demais investimentos necessários, a logística adequada para o transporte de produtos cerâmicos e a definição dos processos operacionais e de segurança. Investimentos — Entre os futuros investimentos previstos pela ferrovia está a construção de um terminal ferroviário em área do Porto de Imbituba, a adequação de terminais de carregamento e descarga e o treinamento contínuo dos funcionários envolvidos no processo de carregamento de cerâmica. Outro projeto que a Ferrovia Tereza Cristina busca viabilizar, junto com outras empresas transportadores, para diversificar e captar um volume maior de cargas é a construção de um terminal intermodal, a ser instalado dentro da área do projeto Cidade dos Transportes, no município de Içara. Além disso, a empresa busca sua integração à malha ferroviária nacional, através do projeto “Ferrovia Litorânea”, que prevê a ampliação da linha férrea catarinenense, de Imbituba a Araquari, com 236 quilômetros de extensão, interligando os quatro portos catarinenses: Laguna, Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul. O transporte de produtos cerâmicos é um complemento das atividades da Ferrovia Tereza Cristina, que realiza atualmente o transporte anual de 2,4 milhões toneladas de carvão mineral das minas do sul de Santa Catarina até o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda em Capivari de Baixo, em Santa Catarina.

Fonte: Comunicação / FTC

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