29/09/2014

Estrangeiros apostam no crescimento das ferrovias brasileiras

O transporte ferroviário do Brasil está na mira dos negócios de empresários europeus. O interesse ficou evidente, pela quantidade de executivos que buscaram informações a respeito do transporte sobre trilhos no Estande Brasileiro, durante os quatro dias da InnoTrans. A maior feira ferroviária do mundo, realizada em Berlim, na Alemanha, reuniu neste ano, dos dias 23 a 26 de setembro, 2.691 expositores distribuídos em uma área de 161.420 m2.

O interesse pelo mercado brasileiro é tamanho que a capa do principal informativo distribuído na InnoTrans, estampava o acordo de cooperação assinado entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Europeia de Ferrovias (ERA).

O acordo de cooperação consiste em uma troca bilateral de experiências no campo da interoperabilidade, segurança, sinalização ferroviária e regulamentos de comunicação, o que inclui as especificações técnicas e na formulação de regras para operação. Estes dados são importantes à operação das ferrovias de cargas previstas no Programa de Infraestrutura e Logística (PIL), lançado pelo governo federal brasileiro.

“Essas ferrovias serão construídas seguindo um novo modelo, o open acess. Portanto, para que seja feita a ligação com a malha já existente, precisaremos buscar informações para definir a melhor forma de funcionamento, além das regras de operação. Neste sentido, os europeus têm know-how, pois passaram por situação semelhante há 40 anos”, explica o diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos. “O que queremos com essa parceria é a troca de dados, de experiências. Não significa que vamos implementar o modelo europeu”, completa Bastos.

O diretor executivo da Agência Ferroviária Europeia, Marcel Verslype, destaca que o Brasil é um mercado muito importante para os europeus. No entanto, enxerga algumas situações e problemas que os países europeus vivenciaram no passado e já encontraram soluções. “Acredito que trabalhando juntos podemos ajudar a evitarem erros que a Europa cometeu no passado”, enfatiza Verslype.

O intercâmbio de informações será feito por meio da realização de workshops com especialistas, de visitas técnicas às ferrovias europeias e suporte técnico de especialistas.
Fonte: Comunicação ANTF

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