28/06/2010

Ações sociais valorizam talentos mirins

O único vício é querer aprender e ser um cidadão melhor para sociedade

O Dia Internacional de Combate às Drogas, celebrado em 26/06, exige uma reflexão sobre o tema. O mal deve ser combatido desde o início com ações voltadas para crianças e adolescentes, atividades que apresentem uma nova perspectiva de vida para muitos que não despertaram para seus talentos e potenciais. “É necessário alimentar e participar dos sonhos desses jovens, conhecendo suas necessidades e melhorando a qualidade de vida. Só assim, ajudaremos a construir, juntos, uma nova realidade”, avalia a gerente do departamento de gestão de pessoas da FTC, Eliane Maria Fernandes de Souza.

Dentista, advogado, cantor, jogador de futebol. Essas são profissões sonhadas por muitas crianças e adolescentes, pois projetam expectativas de um futuro melhor. Mas para que consigam alcançar suas metas elas precisam de auxílio e muito incentivo.

Desde a concessão em 1997 a Ferrovia Tereza Cristina promove ações que buscam oferecer caminhos sejam através da arte, esporte ou cultura, criando subsídios para manter crianças e adolescentes longe das drogas e de outros problemas que cercam a sociedade.

Dentre as ações está o Projeto Tração, iniciado em 2008, que oferece aulas gratuitas de dança e capoeira para crianças de 7 a 14 anos, no bairro Passagem, em Tubarão. “As ações promovidas pela FTC são atitudes que deveriam ser adotas por todas as empresas. Projetos como esses transformam a vida de muitas pessoas”, relata o professor de capoeira, Frank Ribeiro Medeiros. A professora de dança, Aline da Silva Rebelo, também aprova a ideia. “É no momento em que elas estão participando das aulas que se distraem e esquecem os problemas diários”, destaca.

Yara Rauber Martins Joaquim, 11 anos, participa das aulas de dança desde o ano passado. O interesse pela dança surgiu quando ainda era muito pequena. Quando soube, através de sua mãe, sobre a realização das aulas se inscreveu com o intuito de se aperfeiçoar. “Além de aprender passos novos, posso ver minhas amigas. Nos divertimos muito quando nos encontramos”, diz Yara.

“As meninas que frequentam as aulas já mostram evolução. É perceptível o empenho e a dedicação dos alunos”, valoriza Aline. Sara Martins da Silva de apenas 8 anos de idade observa os passos da professora com muita concentração. “Gosto muito de dançar, por isso tenho que prestar atenção para não fazer nada errado”, admite a garota.

Os alunos da capoeira, além de aprenderem todos os movimentos para um bom gingado, desenvolvem um bom relacionamento com as pessoas. João Vitor Felisberto Silva, 10 anos, mostra ter aprendido a lição. “Durante as aulas o professor nos explica que não podemos brigar na rua e devemos ter respeito com todos. Ele nos ensina que precisamos ser unidos, porque sozinhos não conseguimos fazer nada nem mesmo capoeira”, afirma.

Com o passar do tempo professores e alunos acabam se envolvendo mais um com o outro e tornam maior o vínculo de carinho e afeto. “Hoje as crianças não me vêem somente como professor e sim como um amigo”, valoriza o professor Frank.

Talentos também dentro de quadra

Outro projeto em destaque é a Escola de Futsal, em parceria com a Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) que oferece aulas gratuitas para alunos, de 7 a 16 anos, de escolas públicas de Tubarão e Capivari de Baixo.

“O grande objetivo dessa ação é fazer com que os adolescentes se ocupem e não fiquem brincando nas ruas ou próximos à linha férrea”, diz o professor da Escola, Fabiano Porto.

Para o aluno Darlan Teixeira D’avila de 13 anos, que sonha em ser um jogador de futebol, sabe que não basta ser bom somente em campo. “Uma das lições que o professor nos repassa é a dedicação na sala de aula para que possamos ser bons alunos e tirar boas notas”, afirma o garoto.

O projeto deu tão certo que neste ano foi estendido para Siderópolis, com o apoio às escolas da modalidade, em parceria com a Associação Sideropolitana dos Amigos do Esporte (ASAME). Além do incentivo ao esporte, trabalhado na prática do Futsal, o programa busca a inserção de valores agregados à atividade, como o senso de equipe, a união, a saúde e o respeito, formando cidadãos mais conscientes.

Segundo o supervisor da associação, Leandro Nascimento, desde a implantação das escolas no município, em 2006, os atos infracionais envolvendo crianças e adolescentes já diminuíram cerca de 70%. “É importante que os garotos tenham oportunidades como essas. Ao invés de estarem nas ruas em contato com más influências, eles estão aprendendo e praticando atividades sadias, com orientação profissional”, destaca.

Douglas Inácio Ribeiro, 12 anos, sonha em ser jogador de futebol profissional. “Além de nos passarem técnicas para ser um bom jogador, o professor nos ensina que devemos ter respeito com os colegas e ter muita dedicação”, afirma o garoto.

São iniciativas como essas, com parcerias entre diversos órgãos, que contribuem na construção de uma nova realidade social, onde as crianças e os jovens têm outras opções além das drogas e da marginalidade.

Fonte: Comunicação FTC

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