Expansão da malha ferroviária é condição para melhoria de logística
O Brasil vem batendo recordes sucessivos na produção de commodities. Na safra 2012-2013, o País está colhendo 185 milhões de toneladas de grãos, segundo estimativas da Conab/MAPA. Mas parte desse esforço se perde na hora de embarcar as mercadorias. Clientes importantes, como a China, têm cancelado encomendas de soja brasileira e optado por concorrentes como a Argentina devido à excessiva demora entre a colheita dos grãos nas fazendas e a chegada do produto aos consumidores finais do outro lado do mundo.
No Brasil, 58% de tudo o que se produz no campo chegam aos portos via rodoviária, enquanto apenas 25% seguem por trilhos. O tempo de espera dos caminhões para entregar a carga nos terminais portuários é um dos fatores que reduzem a competitividade das exportações brasileiras. A expansão da malha ferroviária para transporte de cargas, de forma integrada com outros modais, é uma medida fundamental para a superação desse gargalho logístico, afirmou o presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça.
Gargalos: Há ainda outros problemas que precisam ser solucionados, como os cruzamentos entre as ferrovias e estradas, as chamadas passagens em nível. Hoje existem mais de 1.856 destes cruzamentos no Brasil, sendo que 279 são consideradas críticas. Além disso, há pelo menos 355 invasões em faixas de domínio. Esses problemas causam muitos prejuízos ao sistema, pois fazem com que os trens reduzam bruscamente a velocidade, que geralmente é de 40km/h para 10km/h ou até mesmo 5km/h.
Fonte: Comunicação ANTF