Tela de Zumblick de volta ao museu
A tela de 1959, que retrata Dona Tereza Cristina, foi pintada pelo artista plástico Willy Zumblick. Pertencente ao Museu Ferroviário, volta ao seu local de origem após restauração. O retrato, que dá nome à principal ferrovia do Sul do Brasil, já está no Museu Ferroviário, em Tubarão, do qual faz parte do acervo.
Pintada pelo artista plástico Willy Zumblick, em 1959, a tela é uma homenagem à imperatriz e, principalmente, à Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, que mesmo após a sua privatização manteve o seu nome, passando a se chamar Ferrovia Tereza Cristina. Mas o longo tempo exposta exigiu uma restauração, para que se mantivesse viva não apenas a história do museu como do próprio artista, que este ano completaria 100 anos.
O médico tubaronense José Warmuth Teixeira, presidente da Sociedade Amigos da Locomotiva a Vapor (Salv), mantenedora do Museu Ferroviário foi o responsável por levar a obra à restauração, em Orleans, no Laboratório de Conservação do Museu ao Ar Livre, onde passou aproximadamente quatro meses sendo restaurada.
A obra recebeu das mãos do museólogo, conservador e restaurador Idemar Ghizzo, de Orleans, todos os cuidados para que nenhum detalhe original se perdesse e a história da ferrovia e de Willy Zumblick seja perpetuada.
Willy Zumblick
Em 26 de setembro deste ano, o maior artista plástico tubaronense e um dos maiores do Estado, completaria 100 anos. Viveu até os 94 e, destes, 75 foram dedicados à pintura. Willy Zumblick deixou um verdadeiro legado à história da arte e cultura. Seus quadros percorreram o Brasil e não é difícil encontrar, até mesmo em lugares bem distantes de Tubarão, quem não conheça pelo menos uma obra deste artista, com traços únicos e que tinha na luminosidade de suas obras seu ponto mais marcante. A história sempre foi algo que o absorveu, tanto que foi nela que suas centenas de obras se basearam. No centenário de seu nascimento, ter mais uma das obras restauradas – a tela de Dona Tereza Cristina, é continuar a dar vida a este artista imortal.
Fonte: Diário do Sul