Em setembro de 2015, 193 países membros da Organização das Nações Unidas assinaram o documento “Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. O ato foi um compromisso com medidas transformadoras para promover o desenvolvimento sustentável até 2030. Nesse documento estão os 17 ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e suas 169 metas para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta.
O setor carbonífero do Sul de Santa Catarina tem duas empresas signatárias do Movimento Nacional ODS Santa Catarina. A Rio Deserto e a Carbonífera Catarinense assumiram o compromisso de realizar ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Quando as organizações se comprometem com o movimento, elas utilizam um selo de identificação, participam de encontros sobre o tema, realizam campanhas internas e externas para divulgar os objetivos e apresentam anualmente um relatório das ações organizadas.
“Não é uma certificação, é uma identificação que a instituição aderiu ao movimento e está comprometida com os ODS”, esclarece Regina Freitas Fernandes, coordenadora geral do Comitê Local de Criciúma do Movimento Nacional ODS Santa Catarina. Regina explica também que muitas empresas, mesmo não sendo signatárias, realizam ações alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
“Não é preciso mudar a rotina ou o processo da empresa, muitos negócios já desenvolvem suas atividades de acordo com os ODS”, fala. Ela aponta o setor carbonífero como um exemplo disso. Embora tenha duas empresas signatárias, a indústria de extração de carvão mineral, representada pelo Siecesc, desenvolve uma série de iniciativas em sintonia com os Objetivos.
As empresas do setor destinam R$ 7 milhões por ano para a SATC, instituição de ensino que atende da educação infantil à pós-graduação, atendendo ao ODS 4, que trata da educação de qualidade. Todo o conjunto de benefícios e a aplicação de recursos em tecnologia para garantir a segurança, bem-estar e saúde do trabalhador das indústrias de carvão competem aos ODS 3 e 8. Já os investimentos feitos em projetos de pesquisa para tornar a mineração de carvão sustentável respondem ao ODS 9, relacionado à indústria, inovação e infraestrutura.
As iniciativas para reaproveitamento de materiais, como a reutilização da água no processo produtivo, estão alinhadas ao ODS 12, que trata do consumo e produção responsáveis. Há também o processo de maturidade das indústrias carboníferas com relação a compliance e códigos de ética e conduta, alinhando-se ao ODS 16, sobre paz, justiça e instituições eficazes. Além disso, o Siecesc apoia uma série de iniciativas regionais ligadas à educação, ao esporte e ao meio ambiente, o que se conecta com o ODS 17, parcerias e meios de implementação.