Aprovado Projeto de Lei que garante a continuidade do setor carbonífero até 2040 em SC
Emenda cria ainda o programa de Transição Energética Justa,
com o intuito de promover a exploração do carvão de forma responsável e
sustentável
O Setor Carbonífero na região Sul de Santa Catarina encerra o ano com uma notícia positiva. Foi aprovado na noite desta segunda-feira (13) na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei que teve o texto alterado através de uma emenda apresentada pelo deputado federal Ricardo Guidi, do PSD. A proposta do parlamentar garante a continuidade da atividade carbonífera até 2040, frente a atual legislação que só garantia até 2027.
A autoria do projeto é do senador Esperidião Amin, do PP, e
a relatoria ficou com a deputada federal Geovania de Sá, do PSDB. Com as
mudanças, o PL volta ao Senado Federal e, em seguida, vai para sanção
presidencial.
“Essa emenda é fundamental tanto na área econômica, para dar
segurança e continuidade às atividades do carvão; na área social, garantindo a
manutenção de milhares de empregos; e na parte ambiental, tendo em vista que o
setor é responsável pela recuperação de áreas degradadas”, colocou o deputado.
Ainda segundo ele, o Brasil todo ganha com o setor carbonífero
tendo em vista que, em momentos de crise hídrica, a energia gerada pelo carvão
é fundamental para o abastecimento energético do país.
O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral,
Luiz Fernando Zancan, acompanhou a votação no plenário e comemorou a conquista.
“A aprovação é fruto de um trabalho de quase três anos, onde o deputado Ricardo
Guidi sempre foi nosso parceiro e esteve presente em todos os momentos. Ainda
temos outras etapas, mas essa já é fundamental para a tranquilidade da cadeia
produtiva. Com isso, o estado dá um exemplo de modernidade e visão estruturada,
pensando no futuro”, frisou Zancan.
Em Santa Catarina, o Complexo Jorge Lacerda, localizado em
Capivari de Baixo, é o centro de uma cadeia produtiva que atinge 15 municípios
e diversas atividades econômicas (mineração, transporte ferroviário, indústria
do cimento, indústria de máquinas e equipamentos de mineração e serviços
diversos), influenciando diretamente na vida de 83 mil pessoas e na economia de
R$ 6 bilhões anuais.
A importância eletro energética do Complexo Jorge Lacerda
foi realçada no relatório da conclusão dos trabalhos da portaria MME 452/20,
onde se ressalta o seguinte “Nesse sentido, o ONS afirma que somente a energia
gerada pelo Complexo Termelétrico de Jorge Lacerda, com operação ininterrupta
no período de um ano, seria possível obter um armazenamento adicional de cerca
de 5,1 % da capacidade máxima (EARMax) no subsistema Sudeste/Centro Oeste.”