Com empresas há anos no aguardo, Porto Seco de Criciúma entra em nova etapa
O projeto do Porto Seco de Criciúma entra em uma nova etapa
de pavimentações, a partir do investimento de R$ 4.709.139,77 para o
asfaltamento das avenidas Dilnei Luiz Piovesan e Célio Grijó, conforme
licitação lançada em abril e vencida pela empresa Setep Construções. As obras
serão viabilizadas com recursos estaduais.
Os serviços no complexo localizado no bairro São João vão
compreender um quilômetro de via, em pista dupla, com terraplanagem,
implantação de macrodrenagem, galerias de águas pluviais e drenagem
subterrânea, além da pavimentação asfáltica.
“Precisamos do asfalto porque há 50 proprietários esperando
para construir suas empresas no Porto Seco. Muitos deles pagam aluguel para
funcionar em outro local”, expõe o presidente do Sindicato das Empresas de
Transportes de Cargas e Logística do Sul de Santa Catarina (Setransc),
Lorisvaldo Piucco.
Ao todo, ainda faltam aproximadamente três quilômetros para
serem pavimentados, pois cerca de 900 metros de avenida já receberam
asfaltamento na primeira etapa. O projeto compreende 148 lotes no total, de
vários tamanhos, numa área de 58 hectares.
Por enquanto, o Porto Seco abriga apenas a unidade do
Sest/Senat, uma distribuidora de bebidas e uma transportadora. Outras quatro
empresas estão em processo de construção da estrutura física. “São empresários
que estão investindo porque acreditam no projeto”, salienta Piucco.
Ampliação a outras atividades a partir de lei municipal
Com a instalação do Porto Seco, além de transportadoras de
carga, está previsto o funcionamento de serviços voltados ao setor, como os
oferecidos por oficinas mecânicas, auto elétricas, recauchutagem de pneus,
retífica de motores, comércio de autopeças, posto de combustível, entre outros,
e também de alimentação.
Sancionada em novembro de 2017, a lei complementar nº 238
ainda permite a instalação de empresas ou indústrias que não estejam
diretamente vinculadas ao setor de transportes. Nesse sentido, a localização é
considerada estratégica: dentro do Anel Viário, atrás da malha ferroviária,
próximo à Via Rápida, com acessos facilitados à BR-101, Criciúma e Içara.
“Assim que sair o asfalto, o Porto Seco vai virar um
canteiro de obras, gerando empregos na construção civil. Com a instalação das
empresas, serão gerados empregos em outros setores. O funcionamento vai
valorizar o bairro e atrair outros negócios e investimentos”, acredita o
presidente do Setransc.
A Ferrovia Tereza Cristina é proprietária de uma área ao lado do Sest/Senat, para a qual é projetada a construção de um terminal intermodal, para embarque de cargas destinadas ao Porto de Imbituba, e também uma estação aduaneira do interior, para o desembaraço de mercadorias exportadas e importadas por via marítima.