Projeto quer viabilizar estrada ferroviária ligando Erechim até Chapecó
O prefeito de Getúlio Vargas e presidente da Associação de
Municípios do Alto Uruguai, Mauricio Soligo, participou, nesta segunda-feira,
1, de uma reunião via web realizada entre a Fiergs, o Conselho da Agroindústria
(Conagro) e o Conselho da Infraestrutura (Coinfra), que teve como tema o
Projeto da Nova Ferroeste que sairá de Maracaju no Mato Grosso do Sul, chegando
à Cascavel no Paraná em direção a Foz do Iguaçu, Paranaguá e Chapecó. A
proposta é que a ferrovia chegue ao Rio Grande do Sul, passando por Erechim,
Getúlio Vargas e Passo Fundo, revitalizando um trecho já existente entre
Erechim e Passo Fundo e construção de um novo desde Erechim até o vizinho
estado catarinense.
O objetivo das entidades é buscar recursos para contratação
de um estudo de viabilidade econômica e técnica para a construção desta
ferrovia no Estado. O que pretendem é recuperar a competitividade logística e
potencializar o desenvolvimento de novas atividades no Estado. Para isso, irão
buscar apoio na iniciativa privada para viabilizar o estudo, além de cartas de
intenções para a extensão da ferrovia Chapecó/Passo Fundo.
Participaram da reunião online, além de integrantes da
Fiergs e do prefeito de Getúlio Vargas Mauricio Soligo, a prefeita de Nonoai
Adriane Perin de Oliveira, representante da Câmara de Vereadores de Passo Fundo
e da Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs) e
empresários.
Corredor de grãos
De acordo com a Fiergs, está se falando de um projeto de
desenvolvimento econômico e social, por isso se quer levar Passo Fundo até
Chapecó, e consequentemente ao Paraná. Essa carência na infraestrutura de
transportes é comum aos três estados da Região Sul do País, o que essa proposta
da Nova Ferroeste vem corrigir. Quando a ferrovia estiver concluída, este será
o segundo maior corredor de grãos e contêineres do país.
O prefeito Mauricio Soligo elogiou a rapidez da iniciativa
privada nesta questão da implementação da Ferroeste no RS e se propôs a
conversar com a Famurs e outras federações como a Fecomércio, FCDL e Farsul,
além de se comprometer em reunir empresários e buscar recursos para auxiliar na
contratação do estudo de viabilidade técnica e econômica para a implantação da
ferrovia no trecho do Rio Grande do Sul. “Estou empolgado e otimista com a
possibilidade de tirar do papel esta ferrovia que vai facilitar o escoamento da
produção”, falou Soligo, afirmando que a AMAU tem grande interesse que este
projeto se viabilize.
A nova ferrovia
O projeto, que já está em fase de licitação para empresas
privadas assumirem as obras, prevê um investimento total na obra é estimada em
R$ 35 bilhões. O objetivo é que a estrada que chegará até Chapecó se estenda
também em direção a Nonoai e Erechim, a partir de uma nova ferrovia, e de
Erechim a Passo Fundo, utilizando o traçado antigo que passa por Getúlio
Vargas, Estação e Sertão.
O traçado inicial da Ferroeste prevê a ligação de 1.567 km
entre Maracajú, no Mato Grosso do Sul; ao Porto de Paranaguá, no Paraná. Com a
incorporação de mais 263 quilômetros a malha, a partir de Cascavel (PR), terá
dois ramais ligando Foz do Iguaçu e Chapecó. A previsão de investimento total
na obra, já somados os R$ 6,8 bilhões até Chapecó, é estimado em R$ 35 bilhões.
A estimativa é de que para operacionalizar os 180 quilômetros do Rio Grande do
Sul, sejam necessários mais R$ 2 bilhões.
Fonte: Jornal Boa Vista